O presidente Jair Bolsonaro anunciou nesta sexta-feira (20), em uma live no Facebook, que o governo dos Estados Unidos não vai mais sobretaxar as exportações brasileiras de aço e alumínio. De acordo com Bolsonaro, o compromisso foi assumido pelo próprio presidente norte-americano, Donald Trump, durante uma ligação telefônica.
"Agora há pouco, tive a grata satisfação de receber um telefone do senhor Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, uma conversa de aproximadamente 15 minutos no espírito maior de respeito e cordialidade entre dois chefes de Estado. Entendo o que ele pretendia fazer e dei os meus argumentos para ele. Ele se convenceu dos meus argumentos e decidiu dizer a nós todos, brasileiros, que o nosso aço e alumínio não serão sobretaxados. Repito, não serão sobretaxados", afirmou Bolsonaro. Participaram da live, ao lado do presidente, o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, e o assessor especial para assuntos internacionais da Presidência, Filipe Martins.
No início do mês, Trump anunciou, em sua conta no Twitter, que iria restaurar as tarifas do aço e alumínio brasileiros e argentinos. A medida, segundo ele, seria uma reação americana à desvalorização das moedas locais desses dois países.
No final de agosto deste ano, o governo dos Estados Unidos flexibilizou as importações destes produtos quando decidiu que companhias norte-americanas que negociarem aço do Brasil não precisariam pagar 25% a mais sobre o preço original desde que provem que há ausência de matéria-prima no mercado interno. O Brasil está entre os principais fornecedores de aço e ferro para os Estados Unidos.
"É uma prova de que a relação do Brasil com os Estados Unidos é muito produtiva, estamos construindo uma excelente relação, estamos dando resultados concretos, resultados para a economia brasileira", afirmou Ernesto Araújo, durante a live.
O presidente norte-americano comentou, em sua conta no Twitter, a ligação telefônica com Bolsonaro. "Acabo de ter uma ótima conversa telefônica com o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro. Conversamos sobre vários assuntos incluindo comércio exterior. A relação entre Estados Unidos e Brasil nunca esteve tão forte"